Crescendo desde o nível do mar até altitudes de até 1.800 metros, os eucaliptos arco-íris são árvores altas, imponentes, que podem atingir os 2 metros de diâmetro e entre os 60 e os 75 metros de altura, mas o que os torna realmente especiais é a casca do seu tronco, um verdadeiro espetáculo da natureza: inicialmente lisa e cor de laranja, com o tempo, descasca-se em tiras para revelar uma paleta de cores verdes, amarelas, vermelhas, cinzentas, castanhas e violeta. Cada árvore é única e, como um pintor na tela de um quadro, o processo de queda da casca, que ocorre ao longo de muitos anos, revela em cada uma novos padrões de cores que a tornam uma verdadeira obra de arte. 

As culturas indígenas nas regiões onde cresce esta árvore, há muito reverenciam o eucalipto arco-íris e integram-no nas práticas da medicina tradicional. As suas folhas tem propriedades anti-sépticas e são utilizadas como compressas no tratamento de feridas e em chás para tratar enfermidades como asma e tosse. A capacidade da árvore de repelir mosquitos aumenta ainda mais a sua contribuição na melhoria da qualidade de vida humana.

Oferece também habitat e alimento a uma infinidade de espécies, desde os microrganismos que se alimentam das suas folhas em decomposição, até às aves que nidificam nos seus ramos altos.  As suas raízes ajudam a estabilizar o solo, prevenindo a erosão e mantendo a saúde das bacias hidrográficas. Por tudo isto, e pelo seu rápido crescimento, o eucalipto arco íris é vital para a manutenção da integridade estrutural da floresta tropical.

No entanto, nem tudo relativo a esta árvore colorida é positivo. Apesar da sua resiliência e popularidade, o eucalipto arco-íris enfrenta ameaças nas regiões de que é originário, muito devido à exploração madeireira, à expansão agrícola e às alterações climáticas que destroem o seu habitat. De igual modo é negativo o seu plantio em novas áreas pois a árvore compete com a flora nativa, alterando os ecossistemas locais e promovendo a sua desintegração.

Um cuidadoso equilíbrio entre preservação e as consequências ecológicas do seu plantio em larga escala é pois fundamental.