Viena manteve a posição de cidade com melhor qualidade de vida do mundo pelo terceiro ano consecutivo, segundo a classificação da revista The Economist, divulgada esta quinta-feira (27), que baixou a nota de Tel Aviv, em Israel, devido à guerra em Gaza.

A capital austríaca é seguida por Copenhaga, capital da Dinamarca, pela cidade suíça de Zurique, por Melbourne, na Austrália, e por Calgary, no Canadá, segundo a Intelligence Unit (EIU), divisão de investigação e análise da revista.

Entre as 10 cidades com melhor qualidade de vida estão quatro europeias, duas americanas e quatro da região Ásia-Pacífico.

"A Europa Ocidental continua a ser a região mais habitável", lê-se no comunicado da EIU.

O grupo de análise destaca, no entanto, que os seus índices de estabilidade diminuíram devido ao "aumento dos protestos (...) por uma variedade de questões", da ascensão da extrema direita à política agrícola da União Europeia e medidas contra a imigração.

Viena obteve notas máximas em termos de estabilidade, saúde, educação e infraestrutura.

A qualidade de vida nas cidades aumentou ligeiramente no ano passado, mas a "melhoria é apenas marginal, abrandada por conflitos geopolíticos, distúrbios civis e crises imobiliárias em muitas cidades" num contexto de grande inflação, afirma o comunicado.

A cidade israelita de Tel Aviv caiu 20 posições, mais do que qualquer outra, terminando na posição 112 entre 173 do ranking, devido ao contexto de guerra na Faixa de Gaza, desencadeado pelo ataque do Hamas em Israel no dia 7 de outubro.

A capital da Síria devastada pela guerra, Damasco, manteve o seu lugar como a cidade menos habitável.

A capital da Venezuela, Caracas, está entre as dez cidades menos habitáveis do planeta, à frente de Kiev, capital da Ucrânia, em guerra com a Rússia desde fevereiro de 2022.

O índice The Economist é elaborado com base em cinco categorias: estabilidade, assistência à saúde, cultura e meio ambiente, educação e infraestruturas.

Viena já foi a cidade "mais habitável do mundo" entre 2018 e 2020 e voltou a sê-lo novamente desde 2022.