![A mãe, as pupilas e os rios no Museu de Aguarela Roque Gameiro](/assets/img/blank.png)
O acervo do Museu de Aguarela Roque Gameiro tem mais de 150 obras.
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Abrange outros pintores e tem algumas das obras mais relevantes do artista natural de Minde e uma das figuras maiores nesta técnica de pintura.
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Diz Luís Santos, técnico superior de história ao serviço do museu, que Roque Gameiro tem uma grande variedade de obras “e há outro aspeto que é fundamental: é a base de desenho das suas aguarelas. Normalmente à aguarela mais tradicional associamos a mancha e a fluidez. No caso de Roque Gameiro a aguarela apresenta uma expressão, detalhe, por exemplo, de tridimensionalidade e realismo que é surpreendente.”
Ainda nas palavras de Luís Santos, “Roque Gameiro desenvolveu várias temáticas como se fossem rios a correrem em paralelo. Destacou-se no retrato, na paisagem ou na ilustração. São estas as principais características: por um lado a simplicidade da técnica, por outro lado, a variedade da abordagem.”
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O Museu de Aguarela Roque Gameiro tem três salas e em duas as obras vão rodando três vezes por ano. “Por motivo de conservação, tendo em conta que são aguarelas, e por outro lado, para criar expectativa e renovar interesse. Ao mesmo tempo encontramos as obras emblemáticas. Essas pouco mudam, nomeadamente o Retrato de Minha Mãe, que é a obra prima do mestre.”
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O retrato tem enorme expressão. O seu olhar prende a nossa atenção e representa uma mulher de um meio rural, de Minde, onde o pintor nasceu em 1864.
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Outras obras que se destacam são as ilustrações de Pupilas do Senhor Reitor de Júlio Dinis. Estas aguarelas pertencem à Fundação Calouste Gulbenkian e são retratos intensos, com detalhe, cor e sensibilidade da vida de gente simples.
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Estes traços detalhados e trabalhados em desenho foram muito determinados pela sua aprendizagem de litografia. Roque Gameiro iniciou a carreira como desenhador-litógrafo nas oficinas de um irmão, em Lisboa. Aprofundou depois os conhecimentos com uma passagem pela Alemanha.
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No interior do museu encontramos uma dessas máquinas, como também objetos pessoais.
O próprio edifício, a Casa Açores, e o jardim, do início do século XX, ajudam a contextualizar a obra e a vida do pintor.
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Junta-se o contexto local do Minderico, a língua utilizada pelos negociadores das típicas mantas de lã de Minde, e que faz parte da legendagem de todas as obras em exposição no museu.
O edifício esteve ligado à família do pintor e é um dos polos do CAORG, Centro de Artes e Oficios Roque Gameiro, que procura divulgar a obra do pintor e a técnica da aguarela.
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Faz ainda parte dos objetivos da instituição ser um museu de comunidade.
Alfredo Roque Gameiro morreu em Lisboa em Agosto de 1935 e viveu vários anos numa casa que mandou construir, em 1900. É pertença do município da Amadora, preserva a arquitetura original e é também utilizada para fins culturais.
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A mãe, as pupilas e os rios no Museu de Aguarela Roque Gameiro faz parte do programa da Antena1 Vou Ali e Já Venho e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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