![Rota da água na Graciosa: o engenho de uma ilha pequena para obter um bem precioso](/assets/img/blank.png)
A Rota da Água na Graciosa é uma viagem pelo engenho e esforço da comunidade local em ultrapassar a dificuldade da falta de água.
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Desde o povoamento que é um problema na ilha Graciosa e só nas últimas décadas foi contornado com um sistema público de abastecimento de água.
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A escassez obrigou à construção de uma rede de recolha e gestão da água com o aproveitamento das poucas nascentes e da chuva.
As pessoas tiveram a necessidade de improvisar e conceber estruturas para a recolha e retenção de água nas casas e também nos campos para a lavoura.
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Estas estruturas foram construídas no século XIX e inicio do século XX e as mais conhecidas são os pauis, dois tanques muito grandes, pintados de branco, que estão no meio da praça de Santa Cruz da Graciosa.
O terreno é argiloso e propício para reter a água e foi por este motivo que os tanques foram construídos nesta zona da povoação.
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Um dos tanques era para a agricultura e o outro era para dar água aos animais.
Outra construção de grandes dimensões e que também funcionava como reservatório está na saída de Santa Cruz.
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É o reservatório do Atalho e tinha capacidade para 1 800 metros cúbicos de água. A proveniência era de uma fonte e pluvial. Neste último caso, a água entrava pelos buracos que estão na cobertura. Foi inaugurado em 1866 depois de uma seca severa na ilha.
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Para se visitar o reservatório passamos ao lado da cobertura. O acesso é pelas escadas que nos levam ao fundo do tanque. O espaço foi aberto ao público e faz parte da Rota da Água através da qual a Graciosa pretende ilustrar o seu engenho para obter e guardar água potável.
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O reservatório do Atalho está a ser utilizado para exposições. É um espaço completamente fechado. A cobertura é em abobada e é suportada por arcos de volta inteira assentes em colunas. Percebe-se a robustez da construção para guardar uma tão grande quantidade de água por vezes enchia até ao teto.
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Na narração de Lizete Albuquerque, guia na Graciosa, através das clarabóias deitavam pedras de cal para limpar a água.
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O interior do reservatório também era caiado para assegurar maior pureza da água que depois abastecia a população.
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O tanque tinha uma pequena saída de água que era transportada em canos para vários chafarizes e que também fazem parte da Rota da Água.
A população da Graciosa não se confronta agora com uma escassez tão grande de água porque tem um sistema de abastecimento público com água de lençóis freáticos.
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Rota da água na Graciosa faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
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